Lula volta a reunir ministros para debater cortes de gastos; discussões continuam à tarde

  • 07/11/2024
(Foto: Reprodução)
Governo trabalha para fechar propostas que serão enviadas ao Congresso. Mercado pressiona por medidas de equilíbrio. Ministros desmarcaram compromissos para participar da reunião. Lula e Haddad em imagem 3 de julho de 2024 WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se reunir com ministros da área econômica e de outros setores, na manhã desta quinta-feira (7), para discutir as medidas de corte de gastos planeja adotar. Os trabalhos foram suspensos por volta das 13h e serão retomados às 15h30. Diante da prorrogação das discussões sobre contenção de despesas, ministros precisaram desmarcar compromissos que teriam à tarde. Lula convocou para o encontro no Palácio do Planalto os ministros que participaram da junta de execução orçamentária (JEO), órgão que assessora o presidente nas políticas fiscais e de outras áreas. Foram chamados: Fernando Haddad (Fazenda) Rui Costa (Casa Civil) Simone Tebet (Planejamento) Esther Dweck (Gestão) Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação) Nísia Trindade (Saúde) Luiz Marinho (Trabalho) O governo realizou uma série de reuniões nos últimos dias com ministros para fechar os cortes necessários para manter o arcabouço fiscal — a regra das contas públicas — operante. O mercado, que pressiona o governo por medidas de equilíbrio fiscal, aguarda para esta semana o anúncio das medidas, que serão enviadas para aprovação do Congresso Nacional. Na quarta-feira à noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reunião desta quinta foi convocada para discutir os últimos detalhes do plano. Também na quarta, Lula criticou em entrevista o que chamou de "uma certa hipocrisia" do mercado financeiro na discussão, cobrou colaboração do Congresso e afirmou que os cortes não podem mais ser feitos "em cima do ombro das pessoas mais necessitadas". Aperto em despesas Camarotti: alta de juros pressiona corte de gastos do governo O plano discutido pelo governo prevê que algumas despesas passem a ser corrigidas pela mesma regra do arcabouço fiscal. No arcabouço fiscal há um limite para as despesas, que não podem subir mais do que 70% da alta da receita, e não podem avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação. O governo pretende enviar ao Congresso uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para determinar que mais despesas passem a ter esse teto de crescimento. A alta de gastos acima do previsto no arcabouço reduz o espaço investimentos e dificulta o financiamento da máquina pública. Haddad já informou que Lula deve conversar com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a proposta que exigirá a aprovação dos congressistas.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/11/07/lula-volta-a-reunir-no-palacio-do-planalto-equipe-economica-para-discutir-cortes-de-gastos.ghtml


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