PGR denuncia Léo Índio por tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada e outros crimes
22/01/2025
Léo Índio participou dos atos antidemocráticos que terminaram com ataques terroristas às sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Na ocasião, publicou imagens em uma rede social em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). PGR abre denuncia contra sobrinho de Bolsonaro
A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou o primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, por associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e outros crimes (veja a lista abaixo).
Léo Índio participou dos atos antidemocráticos que terminaram com ataques terroristas às sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Ele foi denunciado por:
Associação criminosa armada;
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
Golpe de Estado;
Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima;
e Deterioração de patrimônio tombado.
Léo Índio no Congresso Nacional em 8 de janeiro de 2023
Reprodução/Redes sociais
A denúncia da PGR aponta que "há provas suficientes" de que Léo Índio participou da execução dos atos do 8 de janeiro.
Durante os ataques, ele publicou imagens em uma rede social em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma das postagens, Léo Índio aparecia com os olhos vermelhos, segundo ele devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar para conter a multidão.
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A denúncia aponta que Léo Índio tentou abolir o Estado de Direto por meio da destruição, inutilização e deterioração de patrimônio da União, com ações direcionadas à sede do Congresso Nacional.
"[Léo Índio] destruiu e concorreu para a destruição, inutilização e deterioração de patrimônio da União, ao avançar contra a sede do Congresso Nacional, fazendo-o com violência à pessoa e grave ameaça, emprego de substância inflamável e gerando prejuízo considerável para a União", diz o documento.
O sobrinho de Bolsonaro também participou de acampamentos erguidos em frente a quartéis após o resultado das eleições de 2022.
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